5ª SEMANA DE 2018 = ANO DE COMPARTILHAR
MAGOS
Nesta última semana de
férias, passei por duas situações diferentes que me provaram nitidamente o
quanto me sinto realizada cumprindo a minha missão de compartilhar o Evangelho
e o quanto me sinto frustrada quando deixo passar estas oportunidades, até
compartilhei o testemunho (e o “tristemunho” também) com muita gente!
E os personagens desta
semana (que já estavam na sequência) calhou perfeitamente com a aplicação desta
experiência que tive! É o “quebra-cabeça” de Deus se encaixando perfeitamente
na sua maneira lúdica de nos ensinar!
Embora a identificação com
os MAGOS seja parcialmente negativa, precisamos entender que algumas vezes
aprendemos com os erros e nos corrigimos por meio dos maus exemplos.
Já ministrei muito
positivamente sobre as 6 atitudes exemplares dos Magos de acordo com o
versículo 11 de Marcos 2:
“E, entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os
seus tesouros, ofertaram-lhe
dádivas: ouro, incenso e mirra.”
Mas estas aplicações
positivas não serão o foco hoje aqui, até porque elas não tem nada relacionado
ao nosso tema COMPARTILHAR”, nem mesmo as outras aplicações interessantes como
a simbologia dos presentes, por exemplo, mas pelo fato de ter passado aquela
experiência negativa, eu consegui enxergar agora um outro lado, as motivações negativas
de cada um dos envolvidos nesta história:
1) Os MAGOS compartilharam a estrela e os presentes, mas não
compartilharam Jesus
- Provavelmente estes
“magos” eram astrólogos ou adeptos de alguma religião mística, em outras
versões são também chamados de “sábios”, outros ainda dizem “reis”. Estas
características podem representar um envolvimento com o sobrenatural, com o
intelectual e com o social que acompanha também o cristianismo, mas que não
promovem um envolvimento íntimo e profundo com Jesus. Eles seguiram a estrela,
mas não seguiram a Jesus! Eles entregaram seus presentes, mas não se entregaram
a si mesmos a Jesus! Eles viram apenas o menino Jesus, não conheceram a
maturidade de Cristo! Os magos podem, sim, também representar o cristianismo
sem fronteiras, mas podem também aparentar uma adoração passageira, distante e
descompromissada. Eles partiram sem compartilharem por ali acerca de Jesus. Às
vezes também ajo assim, por razões místicas, racionais ou sociais deixo de
compartilhar a razão da minha fé e passo de um lugar para outro sem
compartilhar meu ouro (Rei), meu incenso (Sumo-Sacerdote) e minha mirra
(Salvador). Não compartilho com os outros que eles também podem entrar pela Porta, ver e se prostrar diante
de Jesus, se abrir para esta nova
vida e entregarem suas vidas nas mãos
de Deus!
2) HERODES “parecia” querer compartilhar de Jesus, mas por motivações
contrárias
Herodes ouviu falar de
Jesus, talvez pelos próprios magos quando procuravam no seu palácio o “rei dos
judeus”, e isso o perturbou! Tem pessoas que procuram Jesus em lugares
errados... tem outras que nem procuram por Jesus, e tem ainda aquelas, como
Herodes, que procuram Jesus não para receber vida, mas para matar Aquele que
lhes parece um concorrente ao trono e uma ameaça ao próprio ego controlador e
dominador!
São os “curiosos”, os
“falsos adoradores” que procuram por Jesus, mas não são os verdadeiros
adoradores que Deus procura. São hipócritas, mentirosos e covardes como
denuncia a sua fala: “Vão informar-se com
exatidão sobre o menino. Logo que o encontrarem, avisem-me, para que eu também
vá adorá-lo". (Mateus 2:8 ... depois compare com o verso 16 onde ele
manda matar)
Herodes recebeu só a informação
teórica que os escribas e sacerdotes compartilharam por escrito pelas
revelações divinas dadas aos profetas (Mt. 2:5), mas ficou sem a confirmação
prática dos magos que “divinamente avisados por sonhos” não compartilharam com
ele a Revelação Real do Divino (Mt. 2:12).
3) Os ESCRIBAS E SACERDOTES compartilharam a letra sobre Jesus não a
Palavra que é Jesus
Eles foram reconhecidos como
fontes fidedignas de informações sobre “onde haveria de nascer o Cristo” (v.4)
e de fato eles tinham o registro completo na ponta da língua: “Mas tu, Belém, da terra de Judá, de forma
alguma és a menor entre as principais cidades de Judá; pois de ti virá o líder
que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo". (v.6)
Mas eles não reconheceram a
fidelidade e a dignidade desta profecia porque nem sequer foram procurar a
Fonte desta Palavra que se encarnou. Para eles a letra não tinha saído do papel
como também não criam que o Verbo tinha descido do céu, que estava vivo e
presente no lugar e para o propósito que eles bem sabiam. De que adianta saber
que virá o Líder se não procuramos segui-Lo? De que vale ter o Pastor se não somos
conduzidos por Ele? De que adianta falar sobre Ele se não compartilhamos dEle?
Os Magos desapareceram, Herodes morreu, mas escribas, sacerdotes, mestres da
lei e fariseus (per)seguiram Jesus do nascimento à morte e ainda assim foram os
que menos conseguiam entender o que Jesus compartilhava, por isso não tinham
nada para compartilhar dEle!
São exemplos negativos, sim!
Mas que neles possamos enxergar nossos desapercebidos erros em compartilhar
toda a teoria que sabemos sobre Jesus, sem compartilhar Jesus na experiência
própria, com motivações duvidosas e passageiras que de nada valem!
Não compartilhar é errado, mas
compartilhar errado também é! Não quero me identificar com a superficialidade
dos Magos, nem com a falsidade de Herodes e muito menos com a artificialidade dos
escribas e sacerdotes.
Compartilhei minha 5ª Semana
Marina M. Kumruian
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