domingo, 25 de novembro de 2018

47ª SEMANA = OS TRÊS IRMÃOS



47ª SEMANA DE 2018 = ANO DE COMPARTILHAR



OS TRÊS IRMÃOS


Semana passada refletimos sobre o grande milagre da ressurreição na vida de Lázaro, irmão de Marta e Maria de Betânia...

Uma bênção tão graciosa na vida desta família que, nada mais justo e esperado, na semana seguinte comemorassem com uma festa de celebração em gratidão ao tremendo benefício que receberam da parte do Senhor!

E olha a “coincidência” que, bem nesta semana, mais especificamente na quarta quinta-feira deste mês de novembro, celebramos o Thanksgiving Day (Dia de Ação de Graças)!! Então muito bem oportuno abordarmos este episódio de João 12 em Betânia.

“Foi, pois, Jesus seis dias antes da páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera, e a quem ressuscitara dentre os mortos.”

A 1ª vez que reunimos esta família foi na 36ª semana, quando também em um encontro como este, Jesus era servido por Marta e ouvido por Maria... na 2ª vez foi semana passada quando Jesus ressuscita a Lázaro... e agora nesta 3ª vez, já conhecendo bem os 3 irmãos, vamos ver a última ceia de Jesus com esta família, quando desta vez, os 3 aparecem novamente em cena como da 1ª vez:

“Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. E Maria....” , (v:2,3) Segura aí que voltamos na bendita Maria daqui a pouco... por enquanto apenas registrando a presença dos 3 irmãos, de Jesus e dos seus discípulos!

Vamos então analisar o perfil de cada um destes personagens recapitulando alguns pontos que já observamos:

1º) LÁZARO, o crente básico
Já vimos que no 1º encontro, Lázaro nem sequer é mencionado, mas subentende-se que está lá à mesa com Jesus em sua casa...
Já no 2º encontro ele é o protagonista do grande milagre, embora à princípio um doente inerte e um defunto fedorento!
Mas como diz uma canção muito conhecida, Jesus entrou em sua casa, depois entrou em sua vida, ou melhor, entrou na sua morte com a Sua vida, e certamente isto deve ter mexido com suas estruturas básicas de tal maneira que o transformaram de um simples “crente básico”, daquele tipo sujeito simples da sentença, para um testemunho vivo a ponto de “uma grande multidão de judeus, ao descobrir que Jesus estava ali, veio, não apenas por causa de Jesus, mas também para ver Lázaro, a quem ele ressuscitara dos mortos. Assim, os chefes dos sacerdotes fizeram planos para matar também Lázaro, pois por causa dele muitos estavam se afastando dos judeus e crendo em Jesus.” (João 12:9-11)
Por isso que o chamei de “crente básico”, porque basicamente, o principal propósito de Jesus nos dar vida ao estarmos mortos em nossos delitos e pecados, é para servirmos de testemunho vivo do que Deus pode fazer pelos outros e por causa disso crerem em Jesus também, ainda que isto seja um risco para a nossa vida! Porém, uma vez ressuscitados em Cristo, a morte não mais nos preocupa, porque já possuímos a viva esperança de ressuscitarmos uma segunda vez e vivermos para sempre com Ele!!
Um crente básico, também é grato a Deus e com seu testemunho pessoal glorifica a Jesus!

2º) MARTA, a crente serva
Já vimos que no 1º encontro, Marta “servia” e também estava lá com Jesus em sua casa... ainda que ansiosa, agitada e preocupada com muitas coisas! Já no 2º encontro ela se mostra bem mais crente crente e é ela quem sai primeiro ao encontro de Jesus!
Mas agora neste 3º encontro, novamente “Marta servia” (v:2), desta vez, porém, não há mais nenhuma referências de que esteja ansiosa, agitada e preocupada! Muito possivelmente todas essas experiências devem ter mexido também com suas estruturas servis de tal maneira que a aperfeiçoaram de uma simples “crente serva”, daquele tipo sujeito composto da sentença, (eu e meu trabalho) para uma serva grata e prestativa, a diaconisa do lar, a obreira aprovada com quem Jesus podia contar!
Uma crente serva, também é muito grata a Deus e com seu trabalho em prol do Reino glorifica o Senhor!

3º) MARIA, a crente adoradora
Já vimos que no 1º encontro, Maria “assentava-se aos pés de Jesus e ouvia a sua palavra” (Lc 10:39) e também estava lá com Jesus em sua casa... provavelmente, pelo menos ao que parece, a mais próxima e intima na comunhão com ele, por ter dado proeminência a Jesus e Sua Palavra! Talvez por isso, no 2º encontro ela receba proeminência no relato da Palavra, observe: “Estava enfermo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria (agora ela vem antes de Marta, subiu de posição do 1º relato) e de sua irmã Marta. E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos...(João 11:1,2)
Interessante que o que ela fez foi mencionado antes de ter feito e quando fez Jesus ainda decretou “que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória" (Marcos 14:9) tamanha a importância do ato!
Obviamente este relacionamento com Jesus deve ter mexido também com suas estruturas adoráveis de tal maneira que a destacaram de uma simples “crente adoradora”, daquele tipo sujeito inexistente, quase oculto, que “não precisa ser reconhecido por ninguém porque a fumaça (da glória de Deus) a esconde” (lembrando de outra boa canção...), para uma verdadeira e notável adoradora que expressa sua gratidão com o amor mais ousado e extravagante, não só com um frasco, mas com um “frasco de alabastro”, não só com um perfume, mas com um “perfume muito caro”, não só com um nardo, mas com um “nardo puro”, que não só alcançou os pés de Jesus nos quais ela se assentou outrora, mas “toda a casa encheu-se com a fragrância do perfume.” (v:12)
Uma crente adoradora, também é muitíssimo grata a Deus e com sua adoração em oferta de louvor glorifica o Amado Senhor Jesus!

Compartilhei minha 47ª Semana

Marina M. Kumruian

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Agora lá vamos nós novamente a análise pessoal, quanto minha vida e minha conduta tem a ver com estes personagens! 

Eu precisava, mais uma vez, fazer esta avaliação de conduta usando estes 3 irmãos para melhor visualizar conceitos que, especialmente nestes últimos tempos, estou tendo mesmo que rever e compreender.

Aliás, me parece que toda semana personagens diferentes comprovam os mesmos conceitos iguais atribuídos à nossa relação com Deus!

Parece-me, inclusive, que eu tenho muito em mim mesma de cada um dos 3, por mais diferente que eles pareçam ser, por isso tenho compartilhado aqui, vez por outra, a dificuldade que estou enfrentando para identificar “quem sou eu”, porque ora me vejo como Maria compenetrada na Palavra como meu maior e melhor prazer da boa parte dos meus dias, querendo me gastar e me oferecer com o melhor de mim aos pés de Jesus por puro e caro amor de gratidão... ora me vejo como Marta, preocupada e ansiosa por agradar o Senhor fazendo a sua obra na mais excelente perfeição, servindo a Ele de todo coração e boa intenção, mas ao mesmo tempo inconformada com os que “não fazem nada” e com os que são tão “básicos” e ainda assim também experimentam tão “imerecidamente” a comunhão e as bênçãos do Senhor só e tão somente só pela graça, sem esforço algum! E ora ainda me acho esta crente simples demais... que não faz lá tanta coisa assim... e nem adora tão bem assim... para se achar amada e aprovada por este que arriscou a própria vida para me tirar da morte e ainda me transformar, me aperfeiçoar e me elevar a uma posição de proeminência no seu Reino, na sua Família, na sua Casa!

Mas assim como cheguei à conclusão na semana passada que “Jesus amava Marta, a irmã dela e Lázaro”, esta semana também concluo que “Jesus ama a Marina serva, a Marina adoradora, e até a Marina básica”, simplesmente ME AMA POR QUEM EU SOU!!!
Mas também concluo que Jesus se agrada do meu trabalho, da minha adoração e do meu testemunho de vida pessoal quando tudo isto é feito não para ser merecedora do SEU amor, mas para agradá-lo como expressões do MEU amor em gratidão por tudo o que Ele é e faz na minha vida, com a finalidade única de glorificar o único que é digno de ser glorificado, não simplesmente Jesus, não somente meu Senhor, mas sobretudo meu Amado Senhor Jesus!

Não tive mais espaço na teoria pra falar dos outros personagens, mas incluo aqui o inverso deles para ainda reforçar e clarear este mesmo conceito:

Jesus amava a Maria e teve prazer e aprovação na “boa ação que teve” para com ele antecipando o seu embalsamento com aquele unguento, na verdade, ela antecipou também o exemplo que mais tarde Jesus deixaria para ser seguido antes mesmo que ele tivesse sido dado no capítulo seguinte, quando Jesus unge os pés dos seus discípulos e os enxuga com a toalha! Mais uma vez, Maria sai na frente na sua posição e exemplo! 
Porém, em contrapartida, Jesus, que também amava a Judas, a quem até chamava de “amigo” por ser também seu discípulo servindo na tesouraria, certamente não teve prazer e nem aprovou a censura fria e calculista com que ele expressou sua ingratidão a Jesus considerando a doação de Maria um “desperdício”!! Desperdício, sim, foram as suas miseráveis 30 moedas de prata em pagamento à sua traição a Jesus, mais uma atitude que não trouxe prazer nem satisfação alguma a Jesus.

Jesus amava tanto a Maria que a defendeu daqueles que “a repreendiam severamente. "Deixem-na em paz", disse Jesus. "Por que a estão perturbando? Ela fez o que pôde” (Marcos 14:5-8) Com esta declaração ele demonstrou não só seu amor, mas sua aprovação!

E uma coisa em Maria que eu amo e preciso ainda aprender é esta maneira com que ela não se importa com a censura dos outros e nem sequer se preocupa em se justificar, ela parece apenas esperar mesmo em Deus, pois é ele quem a justifica e a defende, tanto no 1º encontro diante de Marta, no qual ela só observa Jesus tratar com sua irmã permanecendo ela mesma em silêncio, como igualmente neste 3º encontro, não dando a mínima para a opinião dos discípulos, mas assistindo passivamente a defesa do seu Advogado Fiel diante dos seus opositores e de suas objeções ao seu comportamento para com Jesus.
Aliás, mais um contraste aí que denuncia a reprovação de Jesus ao ódio dos líderes religiosos que “procuravam um meio de flagrar Jesus em algum erro e matá-lo...” (Marcos 14:1) ainda que eles também fossem alvo do amor e da graça de Jesus! 

Mas nem Judas, nem os fariseus pareciam reconhecer algum motivo para serem gratos a Jesus, não foram transformados, nem aperfeiçoados, muito menos elevados à posição de proeminência no Reino de Deus... são lembrados, sim, mas não com prazer... são mencionados sim, mas não com aprovação... serviram, mas não amaram... foram básicos demais porque mesmo sendo amados, não conseguiram ser aprovados, foram os sujeitos indeterminados da sentença e como citados mais à frente em João 12:19 percebemos como fracassaram em seus intentos:

“E assim os fariseus disseram uns aos outros: "Não conseguimos nada. Olhem como o mundo todo vai atrás dele! "

Com licença... eu também continuo até hoje fazendo parte destes ... tô indo atrás dele... amada e aprovada e enquanto prossigo para este alvo, vou sendo transformada, aperfeiçoada e elevada até tocar o céu e chegar lá onde ele me receberá para sempre!

Marina M. Kumruian

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