Na semana passada abordamos sobre a “multidão”
enchendo a casa onde um paralítico foi curado. E neste mesmo capítulo, nos 3
Evangelhos onde este episódio é apresentado, logo em seguida é narrado o
“Chamado de Mateus Levi”, um dos 12 discípulos!
Enquanto Mateus, Marcos e João já escreveram nos
primeiros capítulos a “Chamada dos Primeiros Discípulos” (isto estudamos na 9ª Semana, com outros 5 discípulos:
Pedro, André, João, Tiago, Natanael), Lucas só o faz agora quando inicia o 5º capítulo com a
seguinte introdução:
“Certo dia Jesus
estava perto do lago de Genesaré, e uma multidão o comprimia de todos os lados
para ouvir a palavra de Deus.”
Olha a multidão de novo aí ... no mesmo capítulo da
Casa Cheia e do chamado de Mateus, encontram-se preciosos detalhes destas
“chamadas vocacionais em meio às multidões” que eu vou querer destacar bem
oportunamente nesta semana que iniciamos com o Dia 1º de Maio, Dia do Trabalho!
Assim vamos ver como compartilhar trabalhando e como trabalhar compartilhando:
1.) JESUS NOS CHAMA
PARA TRABALHAR PORQUE ELE NOS VÊ TRABALHANDO
“Viu à beira do lago dois barcos,
deixados ali pelos pescadores, que
estavam lavando as suas redes.” (Lucas 5:2)
Lucas diz “lavando”, Mateus diz “preparando”, Marcos
diz “lançando” as redes, ou seja, trabalhando! (Mt. 4:18-24 e Mc 1:14-20)
E olha como é incrível que Jesus faz isto mesmo
conosco, nesta sequência: Ele nos “lava” de todo pecado, nos “prepara”
desenvolvendo a nossa fé e, então, nos “lança” a pescar no mar das
multidões.
E foi vendo Mateus Levi trabalhando neste capítulo que
Jesus também o chamou: “Depois disso,
Jesus saiu e viu um publicano chamado Levi, sentado na
coletoria, e disse-lhe: ‘Siga-me’. Levi levantou-se, deixou tudo e o seguiu.” (Lucas
5:27,28)
Por isso que a nossa resposta ao convite de Jesus deve
sempre ser mesmo nesta sequência também: “Levantar”
em obediência ao chamado ouvido; “deixar
tudo” (os pescadores deixaram os barcos = bens; as redes = trabalho; os
pais = família -> Marcos 1:20); e “o
seguir” para sempre, cumprindo os seus propósitos de acordo com a vocação
do nosso chamado. (Efésios 4:1)
2.) JESUS ABENÇOA O
NOSSO TRABALHO QUANDO O SERVIMOS COM NOSSOS BENS
Então Lucas continua contando que, por causa da
multidão, Jesus “Entrou num dos barcos, o
que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se,
e do barco ensinava o povo.” (Lucas 5:5 e compare com Marcos 3:9)
Jesus fez do local de trabalho de Pedro o seu púlpito
de pregação do Evangelho! Jesus também pode estar pedindo “nosso barco” para
“entrar” nele e fazer do nosso meio de ganhar o pão um meio de ganhar vidas!
E olha só como Jesus abençoou a Pedro com o mesmo
barco com que foi abençoado por ele, prosseguindo no verso seguinte:
“Tendo acabado
de falar, disse a Simão: "Vá
para onde as águas são mais fundas", e
a todos: "Lancem as redes para a pesca".
Simão respondeu:
‘Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu
quem está dizendo isto, vou lançar as redes’. Quando o fizeram, pegaram tal
quantidade de peixe que as redes começaram a rasgar-se.
Então fizeram sinais
a seus companheiros no outro barco, para que viessem ajudá-lo; e eles vieram e
encheram ambos os barcos, a ponto de quase começarem a afundar.” (v.4-7)
Que Pesca Maravilhosa mesmo!! Depois de uma noite
inteira sabendo que o “mar não estava pra peixe”... só podia ser mesmo “por
causa da Tua Palavra, Jesus” que os peixes se concentraram exatamente nas “águas mais fundas" onde Jesus disse
para Simão ir, provavelmente um pouco mais além dos outros barcos, para os
quais Jesus apenas disse para lançarem as redes, e que só depois foram
abençoados também pelo abençoado Simão que abençoou Jesus, o Abençoador do
nosso trabalho (Salmo 127:2)!
3.) JESUS TRABALHA
EM NÓS, POR NÓS E COM NÓS
-Jesus “trabalhou em” cada um destes discípulos
citados “lavando e preparando” o caráter deles para um trabalho ainda muito
mais digno do que o de costume, eles seriam agora pescadores de homens e
coletores de almas para os cofres eternos.
-Jesus “trabalhou neles” fazendo-os
desapegar do terreno para buscarem em 1º lugar o céu, reconhecendo um só Senhor
a quem até o dinheiro deve se dobrar e servir! Por isso eles “deixaram tudo e o
seguiram” ainda que “pecadores e publicanos em obras” (Lucas 5:9 e 31,32).
-Jesus “trabalhou por” eles fazendo prosperar em uma
hora de pesca muito mais do que uma noite inteira em vão.
-Jesus “trabalhou com” eles porque no capítulo
seguinte Jesus oficializa o convite que fez “no nível do mar” chamando-os agora
para o nível mais alto, subindo ao monte, como relata Marcos:
“E subiu ao monte, e
chamou para si os que ele quis; e
vieram a ele. E nomeou doze PARA
QUE ESTIVESSEM COM ELE e os enviasse
a pregar, e para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os
demônios: A Simão, a quem pôs o nome de Pedro, e a Tiago, filho de Zebedeu, e a
João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos
do trovão; e a André, e a Filipe, e a Bartolomeu, e a Mateus, e a Tomé, e a
Tiago, filho de Alfeu, e a Tadeu, e a Simão, o Cananita, e a Judas Iscariotes,
o que o entregou. E foram para uma casa. E
afluiu outra vez a multidão...” (3-13-20)
Doze trabalhadores devidamente “chamados”, “nomeados”
e “enviados” PARA QUE ESTIVESSEM COM
ELE no árduo, mas recompensador, trabalho de “pregar (o Evangelho), curar as enfermidades e expulsar os demônios” com
a autoridade do Seu Nome “em nós, por nós e com nós” por todos os dias, até a
consumação dos séculos!
“Porque desde a antiguidade não se
ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti
que trabalha para aquele que nele espera.” (Isaías 64:4). Por isso, se “meu Pai trabalha até agora, eu trabalho também.” (João 5:17)
Compartilhei minha 18ª Semana
Marina M. Kumruian
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