terça-feira, 15 de maio de 2018

19ª SEMANA DE 2018 = MÃE

19ª SEMANA DE 2018 = ANO DE COMPARTILHAR


MÃES

Continuando na sequência do Evangelho de Marcos, no qual abordamos, semana passada, outras cenas cercadas de “multidões” e, em meio a elas, destacamos os discípulos sendo chamados enquanto trabalhavam... agora lemos mais uma vez uma introdução bem semelhante à anterior no verso 20 do capítulo 3:
“Então Jesus entrou numa casa, e novamente reuniu-se ali uma multidão, de modo que ele e os seus discípulos não conseguiam nem comer. Quando seus familiares ouviram falar disso, saíram para apoderar-se dele, pois diziam: "Ele está fora de si".
E os mestres da lei que haviam descido de Jerusalém”, também estavam por ali, pra variar, querendo acusar Jesus de alguma maneira.

Vejo aqui, então, novamente: Jesus, a multidão, seus discípulos e os mestres da lei. Todos estes já foram destaques nas reflexões anteriores, mas nesta cena, vamos destacar outra classe de pessoas íntimas de Jesus, mas não tão próximas... conhecidas, mas muito estranhas: seus próprios familiares!
Sim, nesta mesma casa, e neste mesmo episódio, depois de Marcos narrar uma complicada discussão dos mestres da lei com Jesus, chegam “então a mãe e os irmãos de Jesus. Ficando do lado de fora, mandaram alguém chamá-lo. Havia muita gente assentada ao seu redor; e lhe disseram: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te procuram". (v.31-32)

Pois bem, assim como semana passada enfocamos os “trabalhadores” por ter sido 1º de Maio, nesta segunda semana de Maio enfocaremos a “MÃE”, afinal... é DIA DAS MÃES!

1.) MÃES OUVINTES & FALANTES
Como mãe, posso reconhecer nossa tendenciosa tentação de falar demais, e muitas vezes falar do que ouvimos, outras vezes falar sem nem sequer antes ouvir ou até mesmo não falar e nem ouvir! Porém, precisamos sem dúvida aprender a ouvir e a falar apenas o que edifica, bem como aprender a fechar a boca e tapar os ouvidos para tantas coisas que não procedem da verdadeira sabedoria.
Já refletimos sobre a mãe do menino Jesus logo nas primeiras semanas, e admiramos a disposição e a disponibilidade dela de se deixar ser usada como a mãe do Filho de Deus. Ela ouviu o plano que Deus tinha para Seu Filho por meio dela e ela disse: “amém!”
Depois, como mãe do adolescente Jesus, ela já foi falando com seu filho com mais preocupação e censura próprias de uma mãe natural, mas teve que ouvir que o negócio do Filho era com o Pai.
Mais pra frente, bem no início do ministério de Jesus, esta mesma mãe ainda falou precipitadamente, ouviu novamente que o Filho deveria obedecer o tempo e modo do Pai, e então ela se cala e instrui a que todos o ouvissem e fizessem o que o Filho dissesse.
E agora, no auge da fama ministerial de Jesus, a mãe ouve dizer que seu filho não está tendo nem tempo de comer direito, que dirá dormir... (isto é um pavor pra qualquer mãe, é ou não é?), e então ela diz: "Ele está fora de si" como se isto fosse prejudicial para ele e assim ela lança estas palavras pejorativas sem nem sequer ouvir do próprio filho a realidade dos fatos!
Provavelmente, a próxima vez que Maria irá aparecer nos Evangelhos, já será diante da Cruz do Calvário e lá, emudecida, ela não terá mais palavras a dizer e nem tão pouco poderá mais ouvir a voz do filho. Porém, em algum outro momento muito especial, não registrado nas Escrituras, certamente ela ouviu chamar seu nome lá da glória e novamente deve ter falado: “Eis-me aqui!”

2.) MÃES POSSESSIVAS & LIBERAIS
Seguindo nestas diversas fases da mãe de Jesus, tomando-a como nossa representante, ela também reconhecia que Jesus não lhe pertencia de fato por ser primeiramente Filho de Deus. Aliás, foi nestas condições que ela o recebeu temporariamente para cuidar.
Mas já na adolescência ela se sentiu perplexa e aflita só em pensar ter perdido seu filho amado. Tenho minhas dúvidas se ela realmente entendeu a explicação tão óbvia de Jesus de que ele era do Pai e não da mãe e que deveria estar no Templo não em casa!
Porque no episódio em referência nesta semana, literalmente ela foi ao encontro dele para o “prender”, em outras traduções diz “para apoderar-se dele”! Hoje, lendo isto do lado de cá da história, facilmente a recriminamos, mas olhando pelo lado de uma mãe que quase não vê mais seu filho em casa, só sabe que ele está se desgastando dia e noite para os outros, não se alimentando bem e sem tempo para descansar... é de partir o coração, afinal, mãe que é mãe cuida!! Mas filhos também devem ser “compartilhados!”
Talvez, só mesmo na cruz “a ficha caiu” de verdade! Não só o filho de Maria, mas o meu e seu também devem estar na cruz! Também devem ser oferecidos em sacrifício vivo, santo e agradável ao Pai! Se Ele não negou o seu Único Filho, mas o deu, quem somos nós para querer prender o nosso conosco ou nos apoderarmos deles como nossa possessão! Liberemos nossos filhos para a obra do Pai!

3.) MÃES POR FORA & MÃES POR DENTRO
Interessante observar que a mãe diz: "Ele está fora de si" quando na verdade ela é que tinha “Ficado do lado de fora”!
Provavelmente por ela estar tão voltada para dentro de si mesma como mãe que ela não aceitava ver seu filho “fora de si” mesmo, mas tão dentro da vontade do Pai. Esta atitude é própria de uma mãe que está por fora dos planos de Deus para seus filhos e acaba por perde-los quando saem assim desesperadas para procurá-los.  A própria resposta do Filho alerta a todas nós mães:
“Então (Jesus, o Filho) olhou para os que estavam assentados ao seu redor e disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos!
Quem faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe".  (Marcos 3:34,35)

Compartilhei minha 19ª Semana    

Marina M. Kumruian

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