19ª SEMANA DE 2018 = ANO DE COMPARTILHAR
MÃES
Continuando na sequência do Evangelho de Marcos, no
qual abordamos, semana passada, outras cenas cercadas de “multidões” e, em meio
a elas, destacamos os discípulos sendo chamados enquanto trabalhavam... agora
lemos mais uma vez uma introdução bem semelhante à anterior no verso 20 do
capítulo 3:
“Então Jesus
entrou numa casa, e novamente reuniu-se ali uma multidão, de modo que ele e os
seus discípulos não conseguiam nem comer. Quando seus familiares ouviram falar
disso, saíram para apoderar-se dele, pois diziam: "Ele está fora de
si".
E os mestres da lei
que haviam descido de Jerusalém”, também estavam por ali, pra variar, querendo acusar Jesus
de alguma maneira.
Vejo aqui, então, novamente: Jesus, a multidão, seus discípulos e os mestres da lei. Todos estes já foram destaques nas reflexões
anteriores, mas nesta cena, vamos destacar outra classe de pessoas íntimas de
Jesus, mas não tão próximas... conhecidas, mas muito estranhas: seus próprios familiares!
Sim, nesta mesma casa, e neste mesmo episódio, depois
de Marcos narrar uma complicada discussão dos mestres da lei com Jesus, chegam
“então a mãe e os irmãos de
Jesus. Ficando do lado de fora, mandaram alguém chamá-lo. Havia muita gente
assentada ao seu redor; e lhe disseram: "Tua mãe e teus irmãos estão lá
fora e te procuram". (v.31-32)
Pois bem, assim como semana passada enfocamos os
“trabalhadores” por ter sido 1º de Maio, nesta segunda semana de Maio
enfocaremos a “MÃE”, afinal... é DIA
DAS MÃES!
1.) MÃES OUVINTES
& FALANTES
Como mãe, posso reconhecer nossa tendenciosa tentação
de falar demais, e muitas vezes falar do que ouvimos, outras vezes falar sem nem sequer antes ouvir ou até
mesmo não falar e nem ouvir! Porém,
precisamos sem dúvida aprender a ouvir e
a falar apenas o que edifica, bem como aprender
a fechar a boca e tapar os ouvidos para tantas coisas que não procedem da
verdadeira sabedoria.
Já refletimos sobre a mãe do menino Jesus logo nas
primeiras semanas, e admiramos a disposição e a disponibilidade dela de se
deixar ser usada como a mãe do Filho de Deus. Ela ouviu o plano que Deus tinha para Seu Filho por meio dela e ela disse: “amém!”
Depois, como mãe do adolescente Jesus, ela já foi falando com seu filho com mais
preocupação e censura próprias de uma mãe natural, mas teve que ouvir que o negócio do Filho era com o
Pai.
Mais pra frente, bem no início do ministério de Jesus,
esta mesma mãe ainda falou
precipitadamente, ouviu novamente
que o Filho deveria obedecer o tempo e modo do Pai, e então ela se cala e instrui a que todos o ouvissem e fizessem o que o Filho dissesse.
E agora, no auge da fama ministerial de Jesus, a mãe ouve dizer que seu filho não está tendo
nem tempo de comer direito, que dirá dormir... (isto é um pavor pra qualquer
mãe, é ou não é?), e então ela diz: "Ele está fora de si" como se
isto fosse prejudicial para ele e assim ela lança estas palavras pejorativas sem nem sequer ouvir do próprio filho
a realidade dos fatos!
Provavelmente, a próxima vez que Maria irá aparecer
nos Evangelhos, já será diante da Cruz do Calvário e lá, emudecida, ela não terá mais palavras a dizer e nem tão
pouco poderá mais ouvir a voz do filho. Porém, em algum outro momento muito
especial, não registrado nas Escrituras, certamente ela ouviu chamar seu nome lá da glória e novamente deve ter falado: “Eis-me aqui!”
2.) MÃES POSSESSIVAS
& LIBERAIS
Seguindo nestas diversas fases da mãe de Jesus,
tomando-a como nossa representante, ela também reconhecia que Jesus não lhe
pertencia de fato por ser primeiramente Filho de Deus. Aliás, foi nestas
condições que ela o recebeu temporariamente para cuidar.
Mas já na adolescência ela se sentiu perplexa e aflita
só em pensar ter perdido seu filho amado. Tenho minhas dúvidas se ela realmente
entendeu a explicação tão óbvia de Jesus de que ele era do Pai e não da mãe e
que deveria estar no Templo não em casa!
Porque no episódio em referência nesta semana,
literalmente ela foi ao encontro dele para o “prender”, em outras traduções diz “para apoderar-se dele”! Hoje, lendo isto do lado de cá da
história, facilmente a recriminamos, mas olhando pelo lado de uma mãe que quase
não vê mais seu filho em casa, só sabe que ele está se desgastando dia e noite
para os outros, não se alimentando bem e sem tempo para descansar... é de
partir o coração, afinal, mãe que é mãe cuida!! Mas filhos também devem ser “compartilhados!”
Talvez, só mesmo na cruz “a ficha caiu” de verdade!
Não só o filho de Maria, mas o meu e seu também devem estar na cruz! Também
devem ser oferecidos em sacrifício vivo, santo e agradável ao Pai! Se Ele não
negou o seu Único Filho, mas o deu, quem somos nós para querer prender o nosso
conosco ou nos apoderarmos deles como nossa possessão! Liberemos nossos filhos
para a obra do Pai!
3.) MÃES POR FORA
& MÃES POR DENTRO
Interessante observar que a mãe diz: "Ele
está fora de si" quando na verdade ela é que tinha “Ficado
do lado de fora”!
Provavelmente por ela estar tão voltada para dentro de si mesma como mãe que ela não aceitava ver
seu filho “fora de si” mesmo, mas
tão dentro da vontade do Pai. Esta atitude é própria de uma mãe que está por fora dos planos de Deus
para seus filhos e acaba por perde-los
quando saem assim desesperadas para procurá-los. A própria resposta do Filho alerta a todas
nós mães:
“Então (Jesus, o Filho) olhou para os que estavam assentados ao seu redor e disse: "Aqui
estão minha mãe e meus irmãos!
Quem faz a vontade
de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe". (Marcos 3:34,35)
Compartilhei minha 19ª Semana

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