sábado, 23 de junho de 2018

25ª SEMANA = O CENTURIÃO DE FÉ


25ª SEMANA DE 2018 = ANO DE COMPARTILHAR




O CENTURIÃO DE FÉ


Ainda no mesmo capítulo 7 de Lucas da semana passada (e desta vez, também no 8 de Mateus) é registrada mais uma história de cura, mais uma ocasião em que alguém está “à beira da morte”, aliás uma passagem muito semelhante a da 21ª semana quando Jesus cura o filho de um oficial do rei sem também ter contato com o enfermo, mas unicamente pelo poder da fé na palavra de cura.

E tanto esta fé na palavra era (e é) poderosa que todos “compartilhavam” dela naqueles dias e por aquelas regiões, até que chegou aos ouvidos deste centurião, pois diz assim: “Ele ouviu falar de Jesus” (Lucas 7:3)... a fé vem pelo ouvir! E então ele também falou com Jesus pedindo ajuda: “Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado.” (Mateus 8:6) Ele pediu e recebeu a resposta, ele buscou e achou a promessa de cura nas mais poderosas palavras de Jesus: “Eu irei, e lhe darei saúde.” (v:7)!

Observe o triangulo poderoso do compartilhar: 
1º) “A” fala da bênção de Jesus para “B”... 
2º) “B” fala com Jesus pedindo a bênção... 
3º) Jesus fala a “B” entregando a bênção... E assim este “triangulo” vai se multiplicando porque “B” vai compartilhar com “C” da sua bênção, e “C” será abençoado também se for falar com Jesus... é por isso que eu (“M”) continuo compartilhando de “A” até o “Z”!

Mas esta passagem bíblica traz ainda outros 3 pontos muito importantes que também quero compartilhar:

1.) COMO OS OUTROS ME VEEM E O QUE ACHAM DE MIM
Este centurião, provavelmente, não deveria ser judeu e sim romano, talvez, por isso, achando que não “merecesse” o favor de Jesus, já que ele foi “enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel" (Mateus 15:24) ele precisasse da “intercessão” de alguns judeus religiosos quesuplicaram-lhe com insistência: "Este homem merece que lhe faças isso, porque ama a nossa nação e construiu a nossa sinagoga". (Lucas 7:4,5)

Geralmente, os outros nos consideram pelo que FAZEMOS de bom ou de mau, ou pela posição que ocupamos, se SOMOS da alta ou da baixa, ou ainda pelo que TEMOS, se pouco ou muito! Porque é assim que os ouros podem julgar, apenas pela aparência porque não conhecem o coração, mas segundo o que enxergam com os olhos físicos e deduzem com o entendimento humano, assim falam de nós! E nem sempre este conceito que os outros tem de nós é o correto, 100% verdadeiro e real. Mas...

2.) COMO EU ME VEJO E O QUE PENSO DE MIM
 Por outro lado, o próprio centurião não se achava digno nem de receber Jesus, pois quando já estava perto da sua casa ele disse: “Senhor, não te incomodes, pois não mereço receber-te debaixo do meu teto. Por isso, nem me considerei digno de ir ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e o meu servo será curado.” (Lucas 7:6,7)

Como poderíamos interpretar esta auto definição?
Imagino que teríamos os chamados “de bem com a vida” que reprovariam tamanha baixa estima e desvalorização própria vindas da parte de uma pessoa tão boa e especial como testemunhado pelos próprios amigos judeus...
Outros, no entanto, elogiariam tamanha humildade e modéstia vindas de um pobre pecador que reconhece sua carência pela misericórdia e graça divinas, as quais são concedidas mesmo unicamente àqueles de coração contrito e quebrantado.
Cada um destes extremos poderiam se defender e usar com diferentes interpretações a seu favor a seguinte declaração: “Como o homem imagina em sua alma, assim ele é”. (Provérbios 23:7)

Mas afinal... quem sou eu? Segundo Paulo, ele explica se auto definindo: “Miserável homem que sou” ou ainda “sou o principal dos pecadores” no entanto, ele mesmo parece que complica declarando: “Sede meus imitadores como também eu sou de Cristo!”
Como dizem, só Jesus na causa agora pra definir realmente quem somos de verdade!

3.) COMO JESUS ME VÊ E O QUE DIZ DE MIM
Eis o veredito, o que Jesus disse do homem da nossa história de hoje: “Ao ouvir isso, Jesus admirou-se dele e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: "Eu lhes digo que nem em Israel encontrei tamanha fé". (Lucas 7:9)

Dá para perceber que o que Jesus viu neste homem para formular seu conceito sobre ele não foi nada exterior, e sim unicamente a fé! Não as boas obras humanas... não o status social... não os bens materiais... nem sequer a religião ou a nacionalidade, mas a fé!

Porque sem fé é impossível agradar a Deus! E tanto a fé dele agradou a Jesus que ele se “admirou”! Diz o comentário da minha Bíblia que “só 2 vezes está registrado que Jesus se admirou, aqui por causa da fé, e em Nazaré por causa da incredulidade (Mc. 6:6)”.
Ou seja, os 2 opostos: fé e incredulidade são as premissas para definir quem somos diante de Deus: crente ou descrente!

Mas eu ainda lembrei de uma 3ª vez que Jesus também se admirou da fé de uma outra pessoa, desta vez uma mulher, mas também gentia, a cananeia, que o próprio Jesus não a considerou digna de comer do “pão dos filhos” comparando-a com cachorrinhos! E ela nem sequer tinha amigos judeus para intercederem por ela, pelo contrário, os próprios discípulos de Jesus pediam para Jesus manda-la embora! No entanto, Jesus viu a fé dela e deu a ela o mesmo final feliz do centurião, ambos chegaram em casa e encontraram seus doentes curados apenas pela fé na palavra de Jesus, mesmo à distância! (Mateus 15:21-28)

A conclusão que cheguei é que: se quero pensar de mim como os outros acham ou como imagino na minha alma continuarei em confusão de identidade... mas se quero ser quem realmente devo ser segundo as premissas do conceito divino, eu preciso crer pela fé com a certeza do que ainda não me vejo no mundo real, mas com a plena convicção do que eu espero ser no reino de Deus!

Compartilhei minha 25ª Semana    

Marina M. Kumruian




Esta semana pensei muito sobre isso... até comentei com algumas pessoas... a grande questão do “ser ou não ser”... do grande dilema da vida: quem sou eu de fato e em verdade?
Porque tenho sentido que Deus ainda está por me revelar com mais nitidez a minha verdadeira auto imagem que tenho procurado enxergar refletida no espelho diante de mim.
Percebo que não é tão simples assim, porque provei justamente esta semana mesmo vários conceitos diferentes de várias pessoas distintas, como até mesmo na própria Palavra exemplo de várias pessoas confusas com respeito a si mesmos.
O próprio personagem da Igreja de Laodicéia, literalmente se achava: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta...” mas “não sabia que era um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;” (Apocalipse 3:17 )
A própria parábola do fariseu e do publicano nos apresenta dois conceitos opostos de auto imagem onde o julgamento divino entre ambos naturalmente contraria a maioria dos palpites dos “outros” quando o justificado é o pecador quebrantado e o humilhado é o conceituado religioso (confira lá em Lucas 18:11-14).

E foi nesta sede por definições que certo dia, já faz um tempo, escrevi este debate entre eu e Deus:


AS DUAS FACES DO ESPELHO


Certa vez olhei-me no espelho e vi minha imagem refletida
Eu estava um caco, em pedaços de tão quebrada e deformada
Mas Deus me disse: te farei um vaso novo para honra
Tomou-me nas suas mãos de oleiro e moldou-me à sua imagem

Mas, Senhor, eu disse, já não há beleza e formosura em minha vida
Estou seca e murcha como um deserto sem vida e sem cor
Ele disse: farei de ti um jardim fechado, regado e cuidado
Lançarei minha semente e você voltará a florescer e frutificar

Senhor, minhas impurezas cheiram mal que nem posso suportar
O odor dos meus pecados é espalhado ao meu redor
E Deus me falou: você será um bom perfume com cheiro de Cristo
Exalará a fragrância da minha essência de amor

Mas Deus, estou cheia de dissabores e desgostos diante de mim
Minha vida está insossa, insípida não tenho mais gosto pra nada
Então Ele me disse: Você agora é sal desta terra
Porei palavras doces como o mel em seus lábios

Pai, estou mergulhada em densas trevas nesta escuridão
Tenho passado pelo tenebroso vale da sombra da morte
Ouvi então Ele afirmar: você será luz do mundo, você vai brilhar
Iluminarei o teu entendimento e serei lâmpada para os teus pés

Meu passado traz uma história de terror, traumas e dramas, retruquei
Não tenho nada de bom para transmitir, nem sequer uma boa notícia
E Jesus me disse: Usarei você como uma nova carta escrita por minhas mãos
E as páginas do seu passado ficarão brancas apagadas com meu sangue

E quanto a minha posição, Senhor, quem sou eu?
Desci ao nível mais baixo do inferno, tropecei e caí
E Ele me prometeu: Você estará assentada nas regiões celestiais com Cristo
E Ele me elevou a embaixadora do céu, ministra de um Reino Eterno

Mas ainda assim insisti: Eu perdi meu valor, não presto mais pra nada
Não há nada de bom em meu coração, ele se corrompeu
Mas ouvi Ele me dizer: Paguei um alto preço por ti que você não pode calcular
Agora você tem mais valor que uma joia rara, uma pérola valiosa

Ainda assim, estou só, abandonada e sem ninguém
Família, amigos, irmãos... já perdi a todos que eram meus
Mas Ele me disse: Tomei-te por adoção, me chame de Pai!
És minha filha, herdeira entre muitos irmãos

Como pudeste fazer tudo isso, Pai?
Que trabalho te dei... que esforço fizeste!!
E Ele disse simplesmente: apenas te coloquei novamente no plano original do princípio
O trabalho e o esforço em ter mudado tudo que planejei para você... foi seu!

Marina M. Kumruian


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