25ª SEMANA DE 2018 = ANO DE COMPARTILHAR
O CENTURIÃO DE FÉ
Ainda no mesmo capítulo 7 de Lucas da semana passada
(e desta vez, também no 8 de Mateus) é registrada mais uma história de cura,
mais uma ocasião em que alguém está “à beira da morte”, aliás uma passagem
muito semelhante a da 21ª semana quando Jesus cura o filho de um oficial do rei
sem também ter contato com o enfermo, mas unicamente pelo poder da fé na
palavra de cura.
E tanto esta fé na palavra era (e é) poderosa que
todos “compartilhavam” dela naqueles dias e por aquelas regiões, até que chegou
aos ouvidos deste centurião, pois diz assim: “Ele ouviu falar de Jesus”
(Lucas 7:3)... a fé vem pelo ouvir! E então ele também falou com Jesus pedindo
ajuda: “Senhor, o meu criado jaz em casa,
paralítico, e violentamente atormentado.” (Mateus 8:6) Ele pediu e recebeu
a resposta, ele buscou e achou a promessa de cura nas mais poderosas palavras
de Jesus: “Eu irei, e lhe darei saúde.” (v:7)!
Observe o triangulo poderoso do compartilhar:
1º) “A” fala
da bênção de Jesus para “B”...
2º) “B” fala com Jesus pedindo a bênção...
3º)
Jesus fala a “B” entregando a bênção... E assim este “triangulo” vai se
multiplicando porque “B” vai compartilhar com “C” da sua bênção, e “C” será
abençoado também se for falar com Jesus... é por isso que eu (“M”) continuo
compartilhando de “A” até o “Z”!
Mas esta passagem bíblica traz ainda outros 3 pontos
muito importantes que também quero compartilhar:
1.) COMO OS OUTROS
ME VEEM E O QUE ACHAM DE MIM
Este centurião, provavelmente, não deveria ser judeu e
sim romano, talvez, por isso, achando que não “merecesse” o favor de Jesus, já
que ele foi “enviado apenas às ovelhas
perdidas de Israel" (Mateus 15:24) ele precisasse da “intercessão” de
alguns judeus religiosos que “suplicaram-lhe com insistência: "Este homem merece que lhe faças isso, porque
ama a nossa nação e construiu a nossa sinagoga". (Lucas 7:4,5)
Geralmente, os outros nos consideram pelo que FAZEMOS de bom ou de mau, ou pela
posição que ocupamos, se SOMOS da
alta ou da baixa, ou ainda pelo que TEMOS,
se pouco ou muito! Porque é assim que os ouros podem julgar, apenas pela
aparência porque não conhecem o coração, mas segundo o que enxergam com os
olhos físicos e deduzem com o entendimento humano, assim falam de nós! E nem
sempre este conceito que os outros tem de nós é o correto, 100% verdadeiro e
real. Mas...
2.) COMO EU ME VEJO
E O QUE PENSO DE MIM
Por outro lado, o próprio centurião não se achava digno nem
de receber Jesus, pois quando já estava perto da sua casa ele disse: “Senhor, não te incomodes, pois não mereço receber-te debaixo do meu
teto. Por isso, nem me considerei digno
de ir ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e o meu servo será curado.” (Lucas
7:6,7)
Como poderíamos interpretar esta auto definição?
Imagino que teríamos os chamados “de bem com a vida”
que reprovariam tamanha baixa estima e desvalorização própria vindas da parte de
uma pessoa tão boa e especial como testemunhado pelos próprios amigos judeus...
Outros, no entanto, elogiariam tamanha humildade e
modéstia vindas de um pobre pecador que reconhece sua carência pela
misericórdia e graça divinas, as quais são concedidas mesmo unicamente àqueles
de coração contrito e quebrantado.
Cada um destes extremos poderiam se defender e usar
com diferentes interpretações a seu favor a seguinte declaração: “Como o homem imagina em sua alma, assim ele
é”. (Provérbios 23:7)
Mas afinal... quem sou eu? Segundo Paulo, ele explica
se auto definindo: “Miserável homem que sou” ou ainda “sou o principal dos
pecadores” no entanto, ele mesmo parece que complica declarando: “Sede meus
imitadores como também eu sou de Cristo!”
Como dizem, só Jesus na causa agora pra definir
realmente quem somos de verdade!
3.) COMO JESUS ME VÊ
E O QUE DIZ DE MIM
Eis o veredito, o que Jesus disse do homem da nossa
história de hoje: “Ao ouvir isso, Jesus
admirou-se dele e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: "Eu
lhes digo que nem em Israel encontrei tamanha fé". (Lucas 7:9)
Dá para perceber que o que Jesus viu neste homem para
formular seu conceito sobre ele não foi nada exterior, e sim unicamente a fé!
Não as boas obras humanas... não o status social... não os bens materiais...
nem sequer a religião ou a nacionalidade, mas a fé!
Porque sem fé é impossível agradar a Deus! E tanto a
fé dele agradou a Jesus que ele se “admirou”! Diz o comentário da minha Bíblia
que “só 2 vezes está registrado que Jesus se admirou, aqui por causa da fé, e
em Nazaré por causa da incredulidade (Mc. 6:6)”.
Ou seja, os 2 opostos: fé e incredulidade são as
premissas para definir quem somos diante de Deus: crente ou descrente!
Mas eu ainda lembrei de uma 3ª vez que Jesus também se
admirou da fé de uma outra pessoa, desta vez uma mulher, mas também gentia, a
cananeia, que o próprio Jesus não a considerou digna de comer do “pão dos
filhos” comparando-a com cachorrinhos! E ela nem sequer tinha amigos judeus
para intercederem por ela, pelo contrário, os próprios discípulos de Jesus
pediam para Jesus manda-la embora! No entanto, Jesus viu a fé dela e deu a ela
o mesmo final feliz do centurião, ambos chegaram em casa e encontraram seus
doentes curados apenas pela fé na palavra de Jesus, mesmo à distância! (Mateus
15:21-28)
A conclusão que cheguei é que: se quero pensar de mim
como os outros acham ou como imagino na minha alma continuarei em confusão de
identidade... mas se quero ser quem realmente devo ser segundo as premissas do
conceito divino, eu preciso crer pela fé com a certeza do que ainda não me vejo
no mundo real, mas com a plena convicção do que eu espero ser no reino de Deus!
Compartilhei minha 25ª Semana
Marina M. Kumruian
Esta semana pensei muito sobre isso... até comentei com
algumas pessoas... a grande questão do “ser ou não ser”... do grande dilema da
vida: quem sou eu de fato e em verdade?
Porque tenho sentido que Deus ainda está por me
revelar com mais nitidez a minha verdadeira auto imagem que tenho procurado enxergar
refletida no espelho diante de mim.
Percebo que não é tão simples assim, porque provei
justamente esta semana mesmo vários conceitos diferentes de várias pessoas
distintas, como até mesmo na própria Palavra exemplo de várias pessoas confusas
com respeito a si mesmos.
O próprio personagem da Igreja de Laodicéia,
literalmente se achava: “Rico sou, e
estou enriquecido, e de nada tenho falta...” mas “não sabia que era um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;”
(Apocalipse 3:17 )
A própria parábola do fariseu e do publicano nos apresenta
dois conceitos opostos de auto imagem onde o julgamento divino entre ambos naturalmente
contraria a maioria dos palpites dos “outros” quando o justificado é o pecador
quebrantado e o humilhado é o conceituado religioso (confira lá em Lucas
18:11-14).
E foi nesta sede por definições que certo dia, já faz
um tempo, escrevi este debate entre eu e Deus:
AS DUAS FACES DO ESPELHO
Certa vez olhei-me no espelho e vi minha imagem
refletida
Eu estava um caco, em pedaços de tão quebrada e
deformada
Mas Deus me disse: te farei um vaso novo para
honra
Tomou-me nas suas mãos de oleiro e moldou-me à sua
imagem
Mas, Senhor, eu disse, já não há beleza e
formosura em minha vida
Estou seca e murcha como um deserto sem vida e sem
cor
Ele disse: farei de ti um jardim fechado, regado e
cuidado
Lançarei minha semente e você voltará a florescer
e frutificar
Senhor, minhas impurezas cheiram mal que nem posso
suportar
O odor dos meus pecados é espalhado ao meu redor
E Deus me falou: você será um bom perfume com
cheiro de Cristo
Exalará a fragrância da minha essência de amor
Mas Deus, estou cheia de dissabores e desgostos
diante de mim
Minha vida está insossa, insípida não tenho mais
gosto pra nada
Então Ele me disse: Você agora é sal desta terra
Porei palavras doces como o mel em seus lábios
Pai, estou mergulhada em densas trevas nesta
escuridão
Tenho passado pelo tenebroso vale da sombra da
morte
Ouvi então Ele afirmar: você será luz do mundo,
você vai brilhar
Iluminarei o teu entendimento e serei lâmpada para
os teus pés
Meu passado traz uma história de terror, traumas e
dramas, retruquei
Não tenho nada de bom para transmitir, nem sequer
uma boa notícia
E Jesus me disse: Usarei você como uma nova carta
escrita por minhas mãos
E as páginas do seu passado ficarão brancas
apagadas com meu sangue
E quanto a minha posição, Senhor, quem sou eu?
Desci ao nível mais baixo do inferno, tropecei e
caí
E Ele me prometeu: Você estará assentada nas
regiões celestiais com Cristo
E Ele me elevou a embaixadora do céu, ministra de
um Reino Eterno
Mas ainda assim insisti: Eu perdi meu valor, não
presto mais pra nada
Não há nada de bom em meu coração, ele se
corrompeu
Mas ouvi Ele me dizer: Paguei um alto preço por ti
que você não pode calcular
Agora você tem mais valor que uma joia rara, uma
pérola valiosa
Ainda assim, estou só, abandonada e sem ninguém
Família, amigos, irmãos... já perdi a todos que
eram meus
Mas Ele me disse: Tomei-te por adoção, me chame de
Pai!
És minha filha, herdeira entre muitos irmãos
Como pudeste fazer tudo isso, Pai?
Que trabalho te dei... que esforço fizeste!!
E Ele disse simplesmente: apenas te coloquei
novamente no plano original do princípio
O trabalho e o esforço em ter mudado tudo que
planejei para você... foi seu!
Marina M. Kumruian
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