26ª SEMANA DE 2018 = ANO DE COMPARTILHAR
A 1º MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES
Voltamos para a sequência de onde paramos no Evangelho
de João, e o próximo grande evento é a Primeira Multiplicação dos Pães, o único
milagre narrado nos 4 Evangelhos: Mateus 14; Marcos 6; Lucas 9 e João 6
Na verdade, esta “festa no deserto ou este pic-nic na
montanha” foi meio forçado e improvisado... a princípio o que Jesus queria
mesmo para os seus discípulos era um retiro em particular com eles em um lugar
deserto para comerem e descansarem depois de uma longa e exaustiva missão
evangelística quando os 12 enviados que retornavam estavam precisando sossegar
um pouco.
Mas a multidão de sempre que seguia Jesus não dava
trégua! Quando eles pensavam “enfim... sós”, eis que a multidão já estava lá
antes deles porque “viram os sinais miraculosos que ele tinha realizado nos
doentes...”
Nesta hora eu me envergonho ao me enxergar tão sem
paciência e amor... principalmente nos “meus sábados”, nos meus momentos de
“solitude e quietude”, quando eu já tenho em mente outros planos
particulares...e aí: “surpresa!!!” Festas, gente, multidão, demandas,
trabalhos... tudo isto, confesso, quando quero sossego, me causa irritação e
estresse, ansiedade e preocupação.
Mas aprendo com Jesus que, ao invés de gritar: “EU
QUERO SOSSEGO... ME DEIXEM EM PAZ! DÁ UM TEMPO! AGORA NÃO DÁ”
Diz a Palavra que ele “teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então as
acolheu, começou a ensinar-lhes sobre o Reino de Deus e curou seus doentes”!
Que altruísmo exemplar! Que disposição em buscar o benefício dos outros em
detrimento do seu próprio. Mas Jesus ainda vai além.... porque é movido por
amor, não por obrigação.
Talvez os discípulos também acharam que tinham
“obrigação” de atendê-los com as “práticas cristãs”: ensino, palavra, cura,
oração!
E já seria o bastante, “chega por agora” ... em outras
palavras: “já tiveram o que procuravam, agora ao cair da tarde é nossa vez de
encontrar o que procurávamos: sossego, descanso, tranquilidade... e então
recomendaram a Jesus: "Este é um
lugar deserto, e já está ficando tarde. Manda embora a multidão para que possam
ir aos povoados comprar comida". (Mateus 14:15)
Aparentemente uma preocupação justa e uma recomendação
cautelosa, mas Jesus não estava limitado ao tempo (já tarde) e nem ao espaço
(lugar deserto), quanto mais aos recursos naturais (não há comida).
E então Jesus solta essa a Filipe: "Onde
compraremos pão para esse povo comer?" Fez essa pergunta apenas para pô-lo
à prova, pois já tinha em mente o que ia fazer.” (João 6:5,6)
Pergunta capciosa desta prova, né? Jesus perguntou por
“onde”, mas Felipe respondeu por “quanto”:
“Duzentos denários (8 meses de salário)
não comprariam pão suficiente para que cada um recebesse um pedaço" (v:7).
Calculista este Felipe, não?
Jesus ainda insiste para que eles mesmos dessem de
comer à multidão! “Precisava disso, Jesus? Pra quê todo este transtorno, este
trabalho, este gasto, são mais de 5 mil pessoas!! Parece que gosta de
complicar! Acaba logo com isso!!“ Dá pra ler estes pensamentos nos balõezinhos
flutuando sobre os discípulos? Eu mesma acho que pensaria algo tipo: “vambora
daqui, Jesus, cada um que se vire!”
Mas vamos entender “o
que Jesus tinha em mente” analisando sua atitude em Lucas 9:16
1.) TOMOU OS CINCO
PÃES E OS DOIS PEIXES
Jesus não despreza e nem rejeita o nosso pouco, mas
desde que oferecido à ele como nossa “porção de fé”, ele aceita o que temos e o
que somos. Ele toma em suas mãos, mãos de poder, mãos generosas, mãos que tomam
para multiplicar e abençoar!
A proporção do que temos para o que devemos pode ser
absurdamente desproporcional, mas para quem crê em milagres, quanto menos de
nós... mais do Senhor, quanto mais difícil ou impossível pra nós... mais
glorioso e tremendo para o Senhor!
2.) OLHOU PARA O CÉU
Já aprendi esta dica! Quando não vemos saída... uma
boa estratégia é olhar para cima! Jesus não olhou para o “lugar deserto” e nem
para o “relógio”, não olhou para estas circunstâncias que tanto nos pressionam
e nos paralisam, mas olhou para a eternidade! O céu não está em crise, não está
atrasado e nem ultrapassado, não está distante em quilômetros e nem em séculos.
O Reino dos Céus está dentro de nós! Precisamos chamar este Reino para vir a nós
ou irmos a ele algumas vezes por dia como uma escapadinha!
3.) DEU GRAÇAS
Dar graças por 5 pães e 2 peixinhos diante de milhares
de bocas famintas é outra incoerência absurdamente irracional para quem não
atende e não entende a ordem de “em tudo dar graças”. Não deixamos de pedir o
pão nosso de cada dia, claro, mas quantas vezes negligenciamos o agradecimento
e, ingratos, ainda murmuramos e reclamamos do nosso maná diário de nossas mesas
fartas!
4.) E OS PARTIU E
DEU PARA SEREM SERVIDOS
Partir e dividir são atitudes nobres de quem aprendeu uma
outra faceta do compartilhar. Algo que seria só de um menino, o pouco que
poderia ficar reservado só para a “elite apostólica”, acabou sendo abençoado de
tal maneira pelas mãos divinas que deu para saciar e fartar a multidão e ainda
sobrar 12 cestos cheios, um para cada discípulo... para cada mês do ano!
Que milagre impressionante! Que doação abundantemente
generosa pode vir de um coração cheio de amor, compaixão, empatia, altruísmo,
misericórdia e disposição para servir e atender, dar e se doar, prover e
suprir, considerando a necessidade e o desejo dos outros mais que os seus
próprios a ponto de uma mudança de planos não causar desconforto, causar
milagres multiplicadores!
Compartilhei minha 26ª Semana
Marina M. Kumruian
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Pois é, o estudo bíblico teórico e teológico acima foi
maravilhoso! Aliás, a Palavra me fascina pela própria didática de Jesus em nos
ensinar com tanta maestria e criatividade!
Mas... teoria é uma coisa... vamos para a aplicação
prática!
Como bem ressaltei a intenção de Jesus com
Felipe, assim ele também me armou questões para eu resolver esta semana
justamente para me “pôr à prova, pois já tinha em mente o que ia fazer”!
Era uma situação novamente em que eu poderia escolher
desfrutar do meu particular descanso e privativo sossego ou abrir as portas
para uma “multidão” de familiares vir fazer festa aqui em casa.
De um lado os meus “justos, razoáveis e sinceros”
argumentos:
1º) a casa está bagunçada, sofremos um vazamento que
provocou transtornos em quase todos os cômodos da casa! (fator “espaço”);
2º) os horários não estão favorecendo a presença de
todos, só de alguns, então... se não todos, ninguém! (fator “tempo”);
3º) não temos condições financeiras para bancar uma
festinha a esta altura... estamos em crise, recesso (fator “recursos”)
Do outro lado os “generosos, dispostos e fraternos”
consideravam:
1º) a gente dá um jeito... um ajuda aqui, outro arruma
ali... e todos colaborando tudo voltará ao normal!
2º) quem puder vir vem... quem quiser ficar fica... as
portas podem ficar abertas qualquer dia e hora para quem puder e quiser!
3º) é uma ocasião especial, aniversário é uma vez por
ano, Copa do Mundo é uma vez a cada 4 anos e Bodas de Pérola 1 vez na vida!
E para desempatar:
4º) Vale a pena investir na comunhão da família, essas
coisas não tem preço, o tempo não volta e o lugar sempre foi o nosso melhor!
Amém! Vocês venceram! Marido e filho festeiros e cucas
frescas foram usados ludicamente para me levarem a experimentar a multiplicação
do milagre:
1º) a casa realmente ficou limpíssima, arrumadézima e
bonitona como um pedaço do céu! Dos 10 cômodos, só 2 não ficaram perfeitos (mas
também não tiveram acesso kkk);
2º) os horários literalmente ficaram “em cima da hora”
mas no fim ficou tudo no tempo e no modo harmonioso da eternidade;
3º) os nossos poucos “5 pães e 2 peixinhos” acabaram
sendo tão abençoados por outra mão generosa que nos presenteou com os recursos
que transformaram nossa festinha em festança!
4º) Enfim, o filho teve seu FELIZ ANIVERSÁRIO, o
Brasil GANHOU O JOGO, e nós produzimos mais uma preciosa PÉROLA usando os
mecanismos de defesa do nosso organismo espiritual para transformar estes
transtornos todos em valores para nossa família!
Ralei, mas acho que passei nesta prova! E vem aí a 2ª
fase da prova: mais um sábado de festa!
Desta vez seria na Igreja, um Café da Manhã
Evangelístico, para o qual cada “mulher no espelho” deveria levar uma convidada
de fora por sua conta!
Assim que me cobraram a participação eu já tinha minha
“colinha” de respostas prontas retiradas do meu “arquivo morto” que teima em
querer ressuscitar:
1º) Estou sem carro... é longe... é pequeno pra pouca
gente... vagas limitadas... acho melhor dar “lugar” pra outras (espaço);
2º) É sábado de manhã... ahhhh meu sábado de manhã...
meu tempo precioso e especial aos sábados... prefiro ficar em casa (tempo);
3º) Pagar pra mim e pra mais uma pessoa? Não dá... tô
economizando ao máximo... isto dá pra cortar, não é necessário (recursos).
Resumindo:
1º) Mais uma outra mão generosa me abençoou com este
par de convites! Generosidade gera generosidade... constrangida, abençoei a
irmã em dobro com o par de sapato que ela já tinha encomendado!
2º) Ganhei mais tempo livre pra mim no final de
semana, já que o filho foi para o Acampamento do Canal Jovem e o marido
resolveu arrumar os 2 cômodos que faltaram kkk;
3º) Convidei uma prima querida, ela aceitou e fomos de
carona com meu maridinho que, muito providencialmente, também teve um café da
manhã no mesmo horário e local que nós, só que com os homens da tesouraria.
4º) O Senhor estava presente também neste Café e
multiplicou os pães deliciosos para alimentar o nosso estômago e abençoou o
Pão Vivo para saciar nossa alma. Todas nós éramos como “pescadoras de mulheres”
e Jesus multiplicou também os peixes na redes do Reino dos Céus com uma pesca
maravilhosa!
Tomei minha prima nas mãos, olhei para o céu, dei
graças e compartilhei com ela esta minha porção de bênção que veio do Senhor!
Marina M. Kumruian
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