A reflexão de hoje está registrada em Mateus 9, Marcos
5 e Lucas 8! Os 3 evangelistas narram 2 histórias juntas, ou seja, uma dentro
da outra, e como nada na Bíblia é sem propósito, e como toda minha reflexão
semanal tem sempre a ver com minha experiência atual... certamente
comprovaremos isto hoje também traçando estes paralelos.
Primeiramente aqui, vamos comparar as duas histórias
entre si... e depois compartilharei a minha experiência semanal em paralelo à
história bíblica deste sábado!
1.) UMA MENINA DE 12
ANOS DOENTE / UMA MULHER HÁ 12 ANOS ENFERMA
Não parece curioso a “coincidência” dos 12 anos? Mas
quando percebi o paralelo com minha experiência desta semana, eu também entendi
um possível propósito para esta semelhança. Estas personagens em foco são uma
menina e uma mulher!
Você sabia que no costume judaico a menina é considerada
adulta a partir dos 12 anos? É quando ela atinge “a maioridade religiosa, 13
anos para os meninos e 12 anos para as meninas (Isto porque as meninas são
consideradas maduras mais cedo que os meninos), é a ocasião de comemorações que
marcam esta evolução tão importante na vida do adolescente.”
(www.morasha.com.br )
Na verdade, até Jesus chegar na casa da menina, ela
acabou morrendo, então Jesus não a curou simplesmente, ele a ressuscitou!!
Certamente, esta “menina” não foi mais a mesma depois
desta experiência! Entre a vida e a morte, ela passou por esta evolução
miraculosa na sua maturidade espiritual experimentando a cura, a salvação e,
literalmente, a ressurreição em Cristo! Mais do que a enfermidade no corpo,
estas duas mulheres foram curadas na alma das feridas e sequelas do pecado e
passaram para a maioridade sã por meio de um encontro pessoal e marcante com o
Filho do Homem, o Homem que as levou a serem mulheres de verdade!
2.) A MENINA TINHA
UM INTERCESSOR / A MULHER BUSCOU POR SI MESMA
A menina, além de doente era muito nova para ir
procurar Jesus, precisava de um “intercessor que se colocasse na brecha em
favor dela”, assim nós também temos que interceder pelos nossos filhos, não só
os naturais, mas também os nossos filhos na fé que ainda não possuem esta mesma
maioridade na fé que nós já atingimos, por isso necessitam de alguém que lhes
traga Jesus mais perto!
Mas a mulher, por mais dificuldade que ela enfrentou
para alcançar sua cura, ela própria se esforçou e tomou a sua bênção superando
todos os obstáculos que ela mesma possuía e que a “multidão” de uma sociedade
discriminatória ainda lhe acrescentava.
O pai como intercessor foi “diante dele”, a mulher por
sua vez “chegou por trás dele”, mas ambos “prostraram-se aos pés de Jesus”!
A mulher com sua mão tocou no manto de Jesus “porque
dizia consigo mesma: se eu tão somente tocar em seu manto, ficarei curada” e
imediatamente cessou sua hemorragia ... já com a menina foi Jesus que a tomou
pela mão e com seu toque e com suas palavras “Menina, levante-se! O espírito
dela voltou e ela se levantou imediatamente”.
O que há 12 anos queria destruir uma mulher e o que há
alguns dias ou horas queria matar uma menina de 12 anos, foi “imediatamente”
removido da vida delas por aquele que nos quer ver sempre de pé porque está
sempre pronto para nos levantar!
O fato é que ele está acessível tanto aos “pequenos
quanto aos maduros na fé”, tanto aos que vão ao encontro dele quanto aos que o
levam ao encontro de alguém!
3.) O PARALELO
TAMBÉM DO “ANTES E DEPOIS” DO MILAGRE COM O TOQUE DE JESUS
Antes a menina estava à beira da morte, deitada numa cama... mas depois
Jesus a ressuscitou dando-lhe vida e levantando-a para sentar-se à mesa e comer
com eles, naturalmente mais amadurecida, pois a criança que tinha morrido
renasceu mais madura!
Antes a mulher estava enferma, desenganada pelos médicos e
isolada da sociedade... mas depois Jesus a curou dando-lhe saúde
e, em meio a toda multidão, chamou-a de “Filha”, como em nenhuma outra parte
dos evangelhos é registrado um modo tão terno.
Antes a multidão que cercava a casa da menina chorava e lamentava
dizendo: “Não incomodes mais o Mestre, ela morreu!” Mas depois eles mesmos
ficaram atônitos e maravilhados, se alegraram fazendo com que “a notícia desta
acontecimento se espalhasse por toda aquela região.”
Antes “a multidão se aglomerava” entre a mulher e Jesus
comprimindo-o sem nada acontecer, mas depois a “multidão se afastou”
quando Jesus quis saber quem o havia tocado de modo tão especial fazendo com
que dele saísse poder!
Antes o pai ouviu falar de Jesus... depois a filha ouviu
Jesus falar com ela!
Antes a mulher queria ver e tocar em Jesus no meio da multidão...
depois
Jesus que quis ver e falar com a mulher à parte da multidão.
Antes a “multidão seguia a Jesus”... mas depois “Jesus não deixou
que ninguém mais o seguisse e ordenou que todos saíssem” e só entrassem os pais
da menina e também Pedro, Tiago e João, ou seja, só participa de milagre quem
tem fé e intimidade com Jesus.
Antes Jesus viu uma menina morta... depois Jesus viu duas
mulheres reviverem.
Antes Jesus, ouvindo a família de uma menina chorar e prantear,
disse-lhes: “Não tenham medo, tão somente creiam”... depois a família de uma
mulher certamente deve ter ouvido que Jesus fez com que ela pudesse novamente
ser feliz e se alegrar ao ouvi-lo dizer: “Filha, a sua fé a curou. Vá em paz e
fique livre do teu sofrimento.”
Antes quando eu era menina, falava como
menina, sentia como menina, discorria como menina, mas depois que cheguei a ser mulher, acabei com as coisas de menina. (1 Coríntios 13:11 – adaptado)
Compartilhei minha 27ª Semana
Marina M. Kumruian
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Agora olha só o paralelo com o que aconteceu esta
semana comigo!!
Sei que pode parecer muita pretensão da minha parte
achar que esta passagem foi escrita na Bíblia há tantos séculos passados para
servir de paralelo com a minha situação justo hoje, e perfeitamente se encaixar
na sequência exata da semana que minha experiência pessoal parece ter tudo a
ver!!
Mas que este meu Mestre, volto a repetir, tem uma
habilidade extraordinária de, se não é isto, fazer com que muito se pareça que
seja... ah... isto ele tem... isto ele faz... e deixa eu acreditar que tudo
realmente acontece porque ele não quer me ensinar simplesmente a sua Palavra,
ele quer que eu aprenda de uma maneira muito bem trabalhada como viver a sua
Palavra!
Bom, este semestre ministrei como líder de um grupo de
10 “meninas” um curso chamado “Mulher Única” todas as quartas-feiras e em
paralelo participei como aluna em um outro grupo de 10 “mulheres” de um curso
chamado “O Poder do Potencial” todas as segundas-feiras. E a Noite de Formatura
foi com todas as turmas juntas bem nesta sexta-feira (ontem, 12 turmas ao todo,
“doze!”).
E ontem, dia 6 de julho, completou 15 anos que eu fui
reconhecida e consagrada ao ministério na igreja! Na época, confesso, eu não me
reconhecia como “pastora” e rejeitei por todos estes anos este “titulo”, mas
sempre me consagrei ao ministério de ensino da Palavra porque reconhecia o
chamado de mestre para a minha vida e não de pastora, muito menos de apóstola,
profeta ou evangelista (conforme a lista dos 5 dons ministeriais de Efésios 4:11).
E ontem, o fato de coincidir esta Formatura da minha primeira turma numa área
de ensino na IBP, parece que veio a confirmar uma nova fase ministerial na
minha vida. A primeira fase foi quando me converti, na minha 1ª igreja (IEIA)
por uns 20 anos na qual comecei dando aula para crianças na EBD... a outra fase
foi na minha 2ª igreja (ADBR) por mais outros quase 20 anos ministrando para
jovens, como para casais e mulheres adultos, tanto na EBD como no MMI. E agora,
há quase 3 anos na IBP, iniciando novamente com o ensino para mulheres, uma
nova fase aos 15 anos de vida ministerial. Creio profeticamente que ontem o
Senhor trocou o meu chinelinho já desgastado pelas novas sandálias da
maturidade na minha Noite de Debutante passando de “menina” para a Formatura de
uma nova “mulher”. Sim porque se para os judeus esta “maioridade” se celebra
aos 12 anos, para nós brasileiros, tem sido aos 15 anos que toda menina
oficialmente passa para a vida adulta... deixando as coisas de menina para
assumir as responsabilidades de mulher!
E não para por aí... este ano também completo 40 anos
de conversão a Cristo!! E como não tenho certeza do mês, a partir de agora vou
passar a considerar o meu favorito mês 7 como o meu mês de aniversário
espiritual. E 40 anos
também é, biblicamente falando, um tempo profético de renovação, de novos
tempos, de mudanças... Já escrevi inclusive sobre a “renovação da águia quando
esta completa seus 40 anos...” e é assim que eu estou me sentindo hoje, este
mês... este ano!
Toda esta revelação paralela, não aconteceu apenas
quando dei de cara com a história nos Evangelhos que veio na sequência das
reflexões semanais sobre a menina e a mulher, mas também quando ministrei a
última lição do curso Mulher Única na quarta-feira passada cujo título era,
nada mais nada menos que: UMA MULHER MADURA. E bem nas últimas páginas do livro
estava escrito: “Cada dia, cada mês, cada
ano de cada pessoa contém uma atração e uma glória próprias, que só se
manifestam se reservarmos tempo e nos esforçarmos para percebê-las e
apreciá-las. Cada etapa da vida é um período e uma oportunidade jamais
experimentados antes.”
E eu diria que cada
semana, cada sábado, cada reflexão de cada passagem bíblica pra mim contém uma
atração e uma glória próprias, que só se manifestam porque eu tenho reservado
tempo e me esforçado para percebê-las e apreciá-las. Cada estudo na vida é um
período e uma oportunidade de aprendizado jamais experimentados antes!
Igualmente, a última lição do curso O Poder do
Potencial serviu também para testificar e complementar o que o Senhor estava
querendo não só me ensinar, mas me fazer experimentar. O título era: O PREÇO DA
PAZ e o epílogo do livro era PRINCÍPIOS PARA UMA VIDA BEM SUCEDIDA. Muitas
coisas na vida realmente não tem preço e outras são de fato por pura graça, mas
algumas também exigem certo preço a pagar para se alcançar. Por exemplo, cada
formanda pagou um preço durante 3 meses para poder receber um Certificado de
Conclusão... a própria mulher hemorrágica pagou um alto preço de esforço e
superação para poder ouvir: “Vai em paz!” E para mim, registrar tudo isto aqui,
como uma confissão inclusive, é um preço que estou pagando como prática de um
dos princípios para uma vida de paz!
Confesso e peço perdão porque por muitos tempo, dentro
destes 15 anos ministeriais, eu não desfrutei de uma vida tão bem sucedida
quanto deveria porque não praticava o que estava escrito também nas páginas
desta última lição: “O que determina se
teremos êxito na vida ou se fracassaremos não é o quanto sabemos, mas o quanto
vivemos à altura do conhecimento que possuímos. Cada um de nós possui
qualidades e defeitos. O sucesso advém de tirarmos partido de nossos pontos
fortes, e não de nos apoiarmos em nossas deficiências.”
Eu sabia que possuía qualidades e defeitos, mas sempre
me apoiei mais nas minhas deficiências. Porém depois que cheguei a ser mulher, acabei com as
coisas de menina, agora vou falar como mulher, sentir como mulher e discorrer
como mulher. (1 Coríntios 13:11 – adaptado)
Marina M. Kumruian
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