sábado, 3 de novembro de 2018

44ª SEMANA = A VIÚVA OFERTANTE

44ª SEMANA DE 2018 = ANO DE COMPARTILHAR



A VIÚVA OFERTANTE


Falar sobre ofertas, dízimos, dinheiro... parece ser um assunto desgastado no nosso meio evangélico, mas ao mesmo tempo, ainda um tema desconfortável, dando a sensação de materialismo, capitalismo, consumismo.... e embora muitos achem inconveniente os longos apelos financeiros das igrejas, já é sabido que Jesus mesmo falou muito mais sobre finanças nos Evangelhos do que qualquer outro assunto! Por isso, o assunto de hoje vai ser “finanças”, ofertas, dinheiro....

A história deste sábado está registrada no capítulo 12 de Marcos e no 21 de Lucas, capítulos que já vinham falando da Parábola dos Lavradores, do Pagamento de Imposto a César mesclado com temas como a O Maior Mandamento, Ressurreição e o Final dos Tempos... não parecem ser assuntos paralelos, mas talvez propositadamente foram colocados em contraste justamente para provocar um desapego ao “real” ($) e uma aproximação do ideal!

1º) JESUS – Marcos 12:41
E para provar que Jesus também se interessa por este assunto de dinheiro, a cena começa assim: “Jesus sentou-se em frente do lugar onde eram colocadas as contribuições, e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de ofertas”
É interessante imaginarmos nos dias de hoje Jesus sentado observando nosso momento de oferta durante o culto!
Sim porque ofertar é também um ato de adoração, de entrega, de ação de graças feito para Ele, mas geralmente em muitas liturgias cristãs, nesse momento estamos distraídos, julgamos o que a igreja ou o pastor fará com “tanto dinheiro” e concluímos que Jesus nem se importe com esta questão.
Só que não... lá está ele observando, filmando tudo, não só pelas aparências, mas pelo coração! Vejamos o que ele viu:

2º) OS GRANDES RICOS - Marcos 12:41
“Muitos ricos lançavam ali grandes quantias.” Uma visão bem superlativa do gazofilácio! “Muitos” não poucos!! “Ricos” não pobres!! “Grandes” não pequenas!! Era uma cena pra deixar qualquer pastor muito alegre e satisfeito! Contudo vamos ver mais abaixo se foi esta mesma a sensação de Jesus!

3º) A POBRE VIÚVA - Marcos 12:42
“Então, uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequeninas moedas de cobre, de muito pouco valor.”
Agora a imagem se reduziu ao mínimo do diminutivo! “Viúva pobre” não herdeira rica!! “Duas pequeninas moedas” não várias notas altas”!! “De muito pouco valor” não de muito muito valor! Uma cena lastimável, se não desprezível! Para que serviriam duas pequeninas moedinhas tão insignificantes daquelas no tão grande e suntuoso templo de Jerusalém? Vamos descobrir agora:

4º) OS DISCÍPULOS - Marcos 12:43-44
“Chamando a si os seus discípulos, Jesus declarou: "Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver".
Jesus também está nos chamando aqui para nos discipular nesta disciplina chamada “oferta”! Aliás, a palavra oferta tem várias variantes no original e uma delas é “por completamente”, como em verdade, em verdade esta pobre viúva ofertou: completamente!
Com esta conclusão que Jesus registrou após a sua cuidadosa observação, podemos compreender que os pesos e medidas da balança divina não são aferidos pelos mesmos parâmetros que os nossos! Para Jesus as “grandes e muitas quantias dos ricos” pouco tinham valor, eram as sobras dos milionários que nem mesmo para eles representavam algum valor!
Mas o “tudo” daquela mulher pesou “mais” do que todos os outros! Então, se ela deu mais, ela era mais “rica” que aqueles pobres ricaços... ela tinha então mais valor do que aqueles miseráveis milhões depositados ali!

Queria concluir esta lição de mordomia com mais algumas preciosas recomendações do apóstolo Paulo aos ricos de verdade:
“Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; Que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam se apoderar da vida eterna.” (1 Timóteo 6:17-19)

Quero destacar 4 ações para com as riquezas:
1º) “Para delas gozarmos” = Pela generosidade abundante com que Deus nos abençoa
2º) “Para delas fazermos o bem” = Pela generosidade abundante com que nós abençoamos os outros
3º) “Para delas repartirmos” = Pela generosidade abundante com que os outros nos abençoam
4º) “Para delas entesourarmos na eternidade” = Pela generosidade abundante com que abençoamos o Reino de Deus

Deus abençoe a todos nós para abençoarmos uns aos outros!

Compartilhei minha 44ª Semana

Marina M. Kumruian

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Quero compartilhar agora algumas experiências desta semana relacionadas com o tema em questão!

Acabo de chegar de um sepultamento! Ontem, exatamente no Dia dos Mortos, Finados, faleceu uma tia querida com seus mais de 80 anos! Não era uma pobre viúva, mas uma solteira abastada. E lá no cemitério, mais uma vez ficou comprovado que nenhum caminhão de mudança acompanha o funeral transportando os tesouros e as riquezas que se acumula nesta terra!

Bem apropriada a lembrança da passagem que diz:
“Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” (Lucas 12:20,21)

Vimos pela observação de Jesus que há aqueles que são ricos para Deus (a pobre viúva) e os que são ricos para os homens (os que depositaram grandes quantias)!

Qual categoria nós estamos?

Posso dizer que já passei por 3 delas, conforme Filipenses 4:12 que diz:
“Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade.”

Esta é minha experiência de vida também! Já fui “rica”, ou pelo menos já tive em abundância e com fartura! E nestas condições já contribuí muito com o Reino, ainda que na maioria das vezes, sinceramente, com o que sobrava. Embora sempre fiel nos dízimos, nem tanto nas ofertas!

Depois passei pela fase de “passar necessidade”, não cheguei a passar fome, mas aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, mesmo naqueles dias que só tinha “duas pequeninas moedinhas” para ofertar!

Quando passei por esta fase, observei um sentimento muito curioso no meu coração no momento em que precisava preencher o envelope dos meus dízimos! Ficava muito triste com o valor tão baixo! Era costume preencher o valor no envelope de dízimo todos os meses quando o depositava no gazofilácio, mas quando passei a trabalhar como freelancer e ganhava tão picadinho, tão pouquinho, comecei a colocar meus dízimos sem identificação! Reconheço que estava preocupada se alguém iria “observar” e julgar se a minha quantia era “muita” ou “pouca”. Deveria me preocupar apenas com os olhares eternos e internos de Jesus não para dentro do meu envelope, mas para dentro do meu coração!

Atualmente estou no ramo de vendas de calçados, fabricação própria, e esta semana foi o fechamento de mais um mês!
Graças a Deus, mais um mês de record nas vendas! Louvo a Deus que tem me abençoado e fechei este mês com um faturamento maior que o mês passado, 6 vezes maior que o mês de Janeiro! Glória a Deus!

Quando parei para calcular meu dízimo até me surpreendi! Tenho a impressão que amanhã, no culto de adoração da minha igreja, quando depositar meus dízimos e ofertas na salva, será a maior quantia dos últimos 40 anos de dizimista que já entreguei!
Contudo, o maior valor não estará na moeda corrente, mas na motivação de estar dando com alegria, de estar repartindo da porção que Deus abundantemente me abençoou para dela gozar e dela entesourar para a eternidade, porque aprendi a “não acumular mais para mim tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam.”  (Mateus 6:19)

Para finalizar, mais uma dica que muito tem falado comigo nestes últimos tempos:

“Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza.
O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá.” (Provérbios 11:24,25)

Que venha mais um mês abençoado e abençoador para todos nós!

Marina M. Kumruian

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